05 julho, 2012

Pobre Mundo.

Nem sempre é necessário falar de amor entre duas pessoas, existe outro tipo de amor e hoje senti necessidade de escrever sobre um diferente tipo de amor. Sou louca por animais, especialmente por cães e hoje vi três cães que aparentavam estar abandonados, estavam perto de uma casa e dormiam dentro de uma rede que envolvia o terreno. Um deles veio ter comigo com o ar mais doce e mais assustado do mundo, só me apeteceu agarra-lo e leva-lo para casa, sei que lhe conseguiria dar muito mais do que ele tinha, não sei ao certo se ele tinha algum problema, se estava doente ou se era pura e simplesmente fome ou sede, da boca dele escorria um pouco de baba, magro, e tinha uma cara linda, meiga e tão apelativa. Ao longo dos anos o meu amor por animais cresce e a dúvida persiste: como é que podem existir pessoas com tanta falta de amor para dar, falta de sensibilidade e afecto? Custa assim tanto amar alguém que nos ama tanto, acima de qualquer defeito? Não há amor mais fiel e puro do que o de um cão, ele vai até ao fim do mundo se for preciso para se manter ao nosso lado, para nos proteger e nós nem ligamos, estamos mais preocupados com o dinheiro que gostávamos de ter porque alguém vive melhor do que nós, em passear porque falamos mal da rotina, a meter defeito em tudo o que nos é dado. Sinceramente essa esperança da qual ouço falar à anos, não passa de mais uma treta para as pessoas acreditarem numa fé que não existe e que muito dificilmente irá existir.