06 agosto, 2010

Eu, sou eu!


Eu sou a profunda incerteza, sou grande e pequena, sou intensa. Sou Primavera inconstante e Verão ardente, como as saudades do que passa e marca, quase sem sentir. Sou mais doce que salgada, sou dos chocolates, do sorvete napolitano e das balas sortidas, que surpreendem o paladar. Sou a insegurança que consome os meus actos. Sou a gargalhada histérica que fere o ouvido e simultaneamente o pranto silencioso; o sofrer calado daqueles que espalham atestados de felicidade. Sou a busca constante, sou o "mais" ambicioso, sou dos livros, sou do estudo, sou da música, sou da vaidade. Sou orgulhosa, sou o julgamento precoce, sou medrosa... Sou do dia e da noite, sou das festas, sou da dança, sou da embriaguez pela alegria que me consome. Sou da praia e da piscina, sou do frio e do calor, sou da lua. Sou crítica, sou insatisfeita, sou a opinião forte, a persuasão e a literatura. Sou a luta, a intransigência, o caminho que tracei, o nome que fiz, o que pensei e divulguei. Sou as vitórias que obtive, sou as cidades que conheci. Sou justa e sincera até na mentira. Sou a memória da infância, a boneca com que brinquei, a tartaruga que criei, os pássaros que amei, os amigos que tive e até os que inventei. Sou a educação que obtive, sou da família. Sou de amar. Sou roxo e lilás, mas as unhas, vermelhas. Sou dos olhos cor de mel, do cabelo preto, bem preto e comprido, bem comprido. Sou dos sonhos, da ilusão, sou do príncipe encantado. Geralmente sou a Bela, mas de TPM, não tarda, viro Fera. Sou autêntica, sou além do que tu pensas ou esperas. Sou a imagem que fazem de mim, como posso não ser, basta acordar e querer mudar. Sou o que quero e gosto muito disso.